RESUMO Martinho Lutero, em seus escritos teológicos, faz transparecer em diversos momentos aquele que é considerado o ponto de partida e centro de sua teologia – a justificação do pecador por graça e fé. Em alguns relatos ele o descreve como originário de uma experiência mistico existencial, e em outros, mais como de uma descoberta intelectual. O artigo busca refletir aspectos do tema a partir dos relatos míticos repetidos no luteranismo posterior e de escritos do próprio reformador buscando identificar a presença de uma experiência numinosa e de uma hierofania na leitura que Lutero faz do texto sagrado. PALAVRAS-CHAVE Luteranismo; Rudolf Otto; Numinoso; Hierofania LINKS: Academia.edu Protestantismo em Revista
Por Erick Morais via https://provocacoesfilosoficas.com A sociedade contemporânea, a qual muitos definem como pós-moderna, é uma sociedade caracterizada por um discurso polissêmico. Dito de outra forma, não há um sentido próprio ao ser, tampouco à vida. Desse modo, cabe ao indivíduo a busca por aquilo que lhe defina e, conseguintemente, lhe sirva de norte, dada a sua extrema liberdade. Apesar de toda essa liberdade, existe uma lei, a qual todos ainda devem seguir, a saber, a lei do mercado. O mercado, assim, se apresenta como uma forma de sentido à vida, moldando a “personalidade” dos indivíduos e construindo os seus valores. Entretanto, na sociedade de consumo, as mercadorias não possuem apenas o valor de uso e de troca (visão marxista), mas, sobretudo, o valor simbólico. Isto é, os objetos passam a determinar um referencial para as pessoas. Essa ideia é proposta pelo francês Jean Baudrillard, que aduz que os objetos possuem signos, os quais são impostos pelo sistema